SAÚDE
Hoje, dia 14 de novembro, Dia Mundial da Diabetes, é o dia ideal para falarmos da nossa disciplina de Saúde e da nossa associada, Dr.ª Laura Pliego, médica, que a ministra.
Durante as duas últimas aulas falou-nos precisamente da diabetes, essa doença metabólica, crónica, que consiste no aumento do açúcar no sangue devido à não produção ou à produção insuficiente de insulina pelo pâncreas.
Falou-nos da história da doença alertando-nos para as graves consequências da diabetes, quando descontrolada, a nível da saúde dos olhos, do coração, dos rins, do cérebro, da circulação e da saúde em geral. Uma diabetes descontrolada provoca danos graves nos órgãos vitais do nosso organismo, ocasionando muito sofrimento e a morte precoce. No entanto, o diabético pode ter uma vida praticamente normal e viver uma velhice saudável, se conhecer a sua diabetes e a mantiver controlada. Quase 70 por cento dos casos diabéticos são controlados com a mudança do estilo de vida e da alimentação, dispensando a medicação. Uma alimentação saudável, à base de alimentos vegetais, poucos hidratos de carbono, poucas ou nenhumas gorduras saturadas, pouco ou nenhum álcool, carnes magras, peixe, repartida em pequenas quantidades, ao longo do dia, por cinco ou seis refeições e exercício físico, é a maneira menos dispendiosa e mais saudável de controlar a diabetes e a saúde em geral. "Somos o que comemos" é uma expressão, que tem muito de verdadeira no controle e prevenção de muitas doenças.
A diabetes é mais prevalente nos homens e atinge uma grande percentagem da população mundial, especialmente nos países industrializados. Estima-se que haja 463 milhões de diabéticos no mundo, de idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos. Portugal é dos países da União Europeia com maior percentagem de diabéticos, tendo à volta de 13,3% da população compreendida entre essas idades com a doença diagnosticada; mas estima-se que haja muitos mais por diagnosticar. Sendo uma doença mais ou menos silenciosa, que vai minando o organismo sem grandes sintomas, só é diagnosticada quando a pessoa vai ao médico por qualquer outra razão e, nas análises de rotina que habitualmente o médico pede, em que inclui sempre o doseamento da glicemia, se faz o diagnóstico da doença. Há porém alguns sintomas que nos podem alertar para ela e que nos devem levar a procurar o médico: muita sede e urinar muito. É um dos sintomas que provoca.
Há dois tipos de diabetes mais comuns: a diabetes Tipo I (normalmente aparece em pessoas mais jovens e em crianças e é tratada com insulina), e a diabetes Tipo II, que aparece por volta da meia idade (atualmente, devido ao estilo de alimentação e ao sedentarismo, começa a aparecer até em crianças e em pessoas mais jovens). É essa a que pode ser controlada (ou mesmo evitar que se desencadeie) com o exercício e uma alimentação saudável.
IAESM, novembro/2022