sexta-feira, 29 de junho de 2018

O PASSEIO ANUAL DO IAESM


Os associados do IAESM e alguns amigos, num total de 78 pessoas, saíram de Barcelos de autocarro no dia 26 de junho por volta das 7:15 horas em direção à bonita cidade de Aveiro - a Veneza portuguesa, como é conhecida – no cumprimento do programa preestabelecido no âmbito do seu habitual passeio anual.





O programa começou por um passeio pelos quatro canais da ria para metade do grupo distribuído por dois saleiros (o barco saleiro ou mercantel é um barco um pouco maior que o moliceiro, usado antigamente na ria para o transporte do sal e de outros produtos), levando cada um o mestre e um/uma guia, que ao longo do percurso nos falaram dos edifícios, monumentos ou símbolos que tiveram alguma função ou foram detentores de alguma história ou interesse para os homens do mar de outros tempos, assim como a sua função, importância ou significado nos tempos atuais; e estou a lembrar-me da ponte da amizade repleta de fitas e de laços, ou da ponte em homenagem à peixeira e ao maremoto com a estátua de uma numa das pontas e a do outro na outra, assim como dos edifícios marginais à bonita baía.
 E enquanto essa metade fez o passeio na ria, a outra foi levada para o “Zeca”, onde fez uma prova dos sabores de Aveiro: ovos-moles, raivas e bolacha americana, com refrescos de chá verde ou de groselha, adoçados com mel, seguida de uma prova de “licor de alguidar”, apresentado sob três sabores: tangerina, menta e morango. Mas, antes da prova, ouviu as histórias que lhe deram origem. E, embora não tenha retido a história dos licores na vida dos aveirenses de antigamente, guardei o seu moderno renascer, que nos conduz para a expressão “Deus corta direito por linhas tortas." 
Por ser uma história de sucesso e de esperança, que pode servir de incentivo e semente de ideias para outros, aqui fica em poucas palavras:
Há poucos anos (dois, segundo a informação), num casal de Professores com quatro filhos, só o marido conseguiu colocação. E tendo ambos ascendência ligada aos homens do mar, resolveram “desenterrar” o antigo licor de alguidar. Começaram com três sabores: tangerina, menta e morango. Em boa hora o fizeram. Apresentaram dois deles num concurso na Rússia e ambos foram premiados: o de tangerina com o primeiro lugar e o de menta com o segundo.  
Ora com a avalanche turística em Portugal atualmente, o negócio vai “de-vento-em-popa”.
Também a história dos ovos-moles é interessante: como a maioria dos bons doces portugueses, nasceram no convento. E foram resultado da grande quantidade gemas que as freiras juntavam devido ao uso das claras para engomarem os hábitos. 
Não sabendo como gastar as gemas, começaram a adicionar-lhes açúcar e verificaram que o açúcar as conservava por bastante tempo. Como também faziam as hóstias para as missas, resolveram envolver pequenas quantidades dessas gemas com açúcar em pedacinhos de hóstia. E, assim, passo a passo, foram aperfeiçoando esses pequenos invólucros, dando-lhe formas ligadas a utensílios da faina marítima. 
Nasceram assim os famosos ovos-moles de Aveiro, que não devem ser guardados no frigorífico e podem conservar-se perfeitamente três a quatro semanas fora dele.
Depois deste passeio docinho pelos sabores de Aveiro, este grupo foi fazer o passeio de barco, enquanto o outro fez a prova de sabores.
De novo todo o grupojunto, entrou nos autocarros e partiu em direção ao restaurante “XL”, onde cada um comeu o que mais lhe agradou de entre as diversas iguarias expostas. Julgo que terá sido a contento de todos. A escolha foi variada.
De regresso ao centro da cidade iniciamos a visita ao Museu de Santa Joana, ou Museu de Aveiro, a funcionar no antigo Mosteiro de Jesus, que foi  construído na segunda metade do século XV para acolher a Ordem Dominicana feminina.  
Em 1472 a Princesa Santa Joana, filha de D. Afonso V, irmã de D. João II e Regente do Reino enquanto seu pai e seu irmão combateram em África, recolheu-se ao mosteiro  e aí tomou o hábito das Dominicanas e levou uma vida de santidade, tendo sido beatificada em 1693. 
Daí ser conhecido por Museu de Santa Joana.
Para a visita ao museu fomos distribuídos por quatro grupos orientados cada um por sua guia, e percorremos os vários espaços desse majestoso e riquíssimo edifício, que funcionou também como colégio de Santa Joana após a extinção das ordens religiosas em Portugal. Fechado aquando da implantação da República foi entregue à Câmara Municipal de Aveiro. Esta transformou-o em museu em 1911. 
 Sofreu várias obras de conservação e melhoramento ao longo dos tempos, mas mantém ainda incorporadas estruturas do antigo mosteiro.
Neste museu há duas vertentes a serem exploradas: a vertente monumental e o espólio,  riquíssimo e variado, especialmente em arte sacra: pintura, escultura, talha, cerâmica, etc., proveniente do antigo mosteiro e de várias igrejas e casas religiosas da região de Aveiro e do país, disposto por várias salas, .
Embora não muito grande, a Igreja de Jesus, em estilo barroco, é também uma jóia riquíssima deste museu. É toda revestida em talha dourada e azulejaria portuguesa. Mas também o coro alto, riquíssimo em pintura e talha, agarra a olhar do visitante que vagueia perdido entre as paredes e o tecto. Tem um órgão pequeno com o qual as freiras acompanhavam as suas orações que, restaurado, ainda hoje funciona; e sobre a grade do coro um Crucificado, careca, aconchega o visitante no olhar doce e terno com que o segue.
No coro baixo ou interior está o túmulo de Santa Joana em mármore multicolor, esculpido ao gosto italiano, tendo à frente, em cima, a coroa da Princesa com uma palma encostada pelo interior.
Bastante cansativa dada a média de idades do grupo, foi, quanto a mim, uma visita culturalmente muito compensadora.
De novo nos autocarros seguimos para o Museu Marítimo de Ílhavo detentor de uma temática diferente, mas igualmente bonito e culturalmente importante.
Tivemos aí a oportunidade de observar a réplica de um bacalhoeiro e todos os apetrechos usados na faina do bacalhau e o modo como viviam os pescadores durante o tempo que durava a faina. Apreciamos também uma belíssima colecção de conchas, doada ao museu por um amigo do fundador, miniaturas e gravuras dos diversos barcos tradicionais portugueses, diferentes utensílios de marear e, por ultimo, diversos aquários onde nadam bacalhaus.
Este visita, bastante mais leve e descontraída,  foi também transmissora de muitos saberes.
Programa cumprido, restava-nos o regresso. 
Entrámos então nos autocarros e seguimos em direcção a Vila da Feira, onde fizemos uma pequena paragem para lanchar. 
Seguimos depois para Barcelos, onde chegámos ainda com sol cansados, mas felizes e enriquecidos pelo conhecimento adquirido mas, sobretudo, pelo convívio e alegria com que vivemos este dia, sob os auspícios favoráveis do tempo, que nos bafejou com uma temperatura apropriada.




segunda-feira, 25 de junho de 2018

OS SANTOS POPULARES




A convite do Centro da Cruz Vermelha de Macieira de Rates - que aceitamos com muita alegria - no dia 22 de junho o  IAESM participou  com o seu grupo das marchas no evento Santos Populares, organizado no âmbito das atividades do GOI (Grupo Operativo dos Idosos).
Fomos o primeiro grupo a atuar, e os nossos marchantes encheram de alegria e de cor o grande espaço do pavilhão municipal de Barcelos, perante o olhar aprovador de algumas dezenas de idosos, que aplaudiram com entusiasmo, a organização do evento e a Drª Armandina Saleiro, Vice-presidente da Câmara Municipal de Barcelos.  
O acordeão do senhor Joaquim Carvalho com o cavaquinho do senhor José Maria, os ferrinhos e a pandeireta impuseram o ritmo às vozes e ritmo e movimento aos marchantes numa coreografia cheia de movimento, colorido e alegria. 
Parabéns à orientadora e a todo o grupo. Com o sua criatividade e trabalho criam uma imagem viva de alegria, entusiasmo e solidariedade. E assim é feita a imagem do IAESM na sociedade barcelense. 
Também a organização do evento nos parece  merecedora do nosso aplauso, pela evidência do chamado envelhecimento ativo,  gerador de saúde e bem-estar. 
Parabéns para a organização. 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

O GRUPO DE DANÇAS E CANTARES NA RECOVERY



Desta vez o Grupo de Danças  e Cantares do IAESM levou a sua bagagem cheia de alegria, cor, música e movimento aos utentes da Recovery, uma Associação sem fins lucrativos, que atua no âmbito da saúde mental, à qual nos liga um protocolo assinado entre as duas instituições.
Foi mais um pequeno passo facilitador da interação destes utentes com o meio e a sociedade, que o IAESM lhes quis, com prazer, ajudar a dar . 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

AS MARCHAS DE SANTO ANTÓNIO

S. Pedro portou-se mal na noite de S. António em Barcelos: abriu as torneiras do céu quando os marchantes, felizes por poderem expressar a sua criatividade e a sua arte e proporcionarem um espetáculo bem popular, cheio de alegria e beleza, desfilavam pelas ruas da cidade.
Não foste amigo, S. Pedro! Investiram  o seu tempo, entregaram-se entusiasmados ao trabalho durante semanas, e todo esse trabalho acabou diluído na água  com que lhes inundaste os passos, e entre os guarda-chuva dos que, estoicamente, se mantiveram a ver a atuação das marchas. 
Foste mauzinho, S. Pedro! 
O grupo do IAESM foi um dos que galhardamente desfilou  pelas ruas da cidade e em frente à Tribuna na Igreja de Santo,  a exemplo do que faz há vários anos. E, claro, como qualquer outro, sentiu-se defraudado e triste; mas, ao mesmo tempo, vitorioso. Cumpriu com galhardia o que se tinha proposto. Todo o grupo está de parabéns. Parabéns a todos os elementos que estoicamente se mantiveram firmes no propósito de desfilarem mesmo debaixo de chuva.
E vai um aplauso e um agradecimento muito especial para a Ensaiadora, a associada Matilde Luiz, pela sua criatividade e entrega. Sempre incansável no desejo de levar o IAESM mais além, é também, todos os anos, a criadora dos fatos que vestem os elementos do grupo, bem como da coreografia.
E também para o nosso operador de Câmara, o associado Carlos Pereira, que não há chuva que o impeça de colher belas imagens, vai um grande aplauso e a gratidão de todo o IAESM.
Parabéns ao Grupo das Marchas do  IAESM!


domingo, 10 de junho de 2018

É bom quando as nossas ações são reconhecidas como meritórias. 
Apraz-me postar no nosso blog este agradecimento do Centro Social da Cruz Vermelha de Macieira de Rates, e também convite para uma atuação a nível mais amplo no pavilhão municipal.


"Bom dia!
Vimos mais uma vez agradecer o vosso contributo na dinamização da tarde recreativa que proporcionaram aos nossos utentes! A vossa vinda ao nosso centro é sempre bem acolhida por todos e cada vez mais desejada. Um bem haja a todos vós por nos proporcionarem tão bons momentos.
Como bem sabem o trabalho que desenvolvem connosco é dignificante para os nossos utentes e assim gostaríamos de replicar e de mostrar o vosso trabalho a outras instituições que ainda não vos conhecem.
Em conjunto com outras instituições, estamos a preparar uma tarde recreativa para comemoração dos santos populares, no âmbito das atividades do GOI(Grupo Operativo dos Idosos) que gostaríamos contar com a vossa presença. Temos conhecimento que vão participar no dia 9 de Junho nas marchas de Santo António e desde já queríamos convidar-vos a mostrar essa atuação nesta tarde recreativa onde contaremos com cerca de 300 pessoas das instituições do concelho de barcelos. Será no dia 22 de Junho pelas 14h30 no pavilhão municipal junto ao parque da cidade.
Gostaríamos muito de contar com a vossa presença e incluir-vos no nosso programa. Assim, necessitamos de uma resposta com a maior brevidade possível.
Estamos ao dispor para qualquer eventualidade e mais informações,"



Ao dispor,

Com os melhores cumprimentos,
Ana Rita Jordão

Descrição: logo CH



252 959 000/300 


domingo, 3 de junho de 2018

O GRUPO DE CORDOFONES DO IAESM EM MACIEIRA DE RATES

No dia trinta de junho o IAESM saiu mais uma vez para a comunidade.
Desta vez deslocou-se ao Centro  da Cruz Vermelha de Macieira de Rates com o  seu Grupo de Cordofones, orientado pelo sócio/professor José Maria. Fê-lo a convite desta Instituição de Solidariedade Social, para atuar para os seus utentes. O que fez com brilho e entusiasmo. Cada elemento oferecendo o melhor de si com a alegria que enche a alma de quem se dá ao outro, apenas pelo desejo de lhe proporcionar momentos de  bem-estar, sem esperar nada em troca.
Parabéns ao Grupo de Cordofones e ao seu Professor!