As
“Conversas às Segundas, nas Quartas” reiniciaram-se hoje, dia 23 de Setembro, no
IAESM. Agora dedicadas ao Património. E iniciaram-se pelo Património Religioso,
que em Barcelos é muito significativo.
O
seu mentor, o nosso associado António Sousa, optou por inaugurá-lo (o
Património Religioso) com a apresentação da Igreja Matriz de Santa Maria Maior,
em estilo românico/gótico (figuram na sua construção elementos nos dois estilos),
mandada construir por D. Pedro Afonso, 3º Conde de Barcelos, filho bastardo de
D. Dinis, em finais do século XIV. Monumento nacional desde Outubro de 1927, situa-se
entre o edifício da Câmara Municipal e as ruínas do Paço Ducal. Ao longo do
tempo sofreu varias alterações à sua planta original.
Foi
também Colegiada, iniciada por D. Afonso, oitavo conde de Barcelos, filho
bastardo de D. João I. Porém só em Outubro de 1464 é reconhecida como Colegiada
Oficial e mantém-se até Dezembro de 1968.
Habitualmente
o sentimento que nos leva a entrar numa igreja é de crença religiosa. Entramos e
saímos com esse sentimento, e não “vemos” o que nos cerca. Especialmente se a frequentamos
usualmente. Mas a Igreja Matriz de Santa Maria Maior de Barcelos é um monumento
religioso, que vale a pena visitar com um olhar diferente. E creio que esta conversa
terá despertado, em muitos de nós, o desejo de percorrê-la desde o portal
românico encimado por uma rosácea gótica, à Pia Batismal no interior de um
gradeamento em pau-preto com incrustações em metal, ao órgão da autoria de Frei
Manuel S. Bento e entalhado pelo entalhador barcelense Miguel Coelho, passando
por cada uma das capela, situadas de cada lado das três naves, apreciando cada
imagem, cada retábulo, cada quadro, cada vitral, cada painel de azulejos…
Foi,
como de costume, uma sessão que manteve o auditório atento e participativo.
24/09/2019