O Grupo no Mosteiro da Batalha |
Este
ano o PASSEIO ANUAL DO IAESM foi ao Mosteiro de Alcobaça, com paragem no Mosteiro
da Batalha para uma visita livre a essa joia magnífica da monumentalidade
histórica portuguesa e para o almoço marcado no Restaurante Dom Duarte.
Tanto
o Mosteiro da Batalha como o Mosteiro de Alcobaça são dois monumentos nacionais
extraordinários pela sua beleza arquitetónica e pelo simbolismo histórico que detêm:
ambos são marcos de acontecimentos importantíssimos da nossa história.
E,
na sexta-feira, dia 21 de junho, um autocarro com 54 pessoas, partiu como
habitualmente de junto ao Santuário do Senhor da Cruz, por volta das 07:30
horas, em direção a Alcobaça. Depois de passar a cidade do Porto fez um pequeno desvio ao trajeto e em
vez de fazer a primeira paragem numa área de serviço, como acontece
habitualmente, foi fazê-la a Santa Maria da Feira, o que foi aproveitado por
alguns e por algumas viajantes para comprar a famosa fogaça e para tomar o pequeno-almoço
- quem não o tivesse feito - aliviar as pernas, satisfazer as necessidades
fisiológicas, apanhar um pouco de ar fresco… Enfim: fazer todas essas coisas
necessárias, de tempos a tempos, quando se vai de viagem.
Daí
partiu em direção à Batalha para uma visita livre ao Mosteiro de Santa Maria da
Vitória, vulgarmente conhecido por Mosteiro da Batalha, essa joia da monumentalidade
histórica portuguesa – património mundial -, mandada construir em 1386 pelo rei
D. João I em agradecimento à Virgem Maria pela vitória dos portugueses na
batalha de Aljubarrota. Ao longo dos anos teve a intervenção de outros reis da
2ª dinastia, que lhe foram fazendo acréscimos durante os seus reinados. As Capelas
Imperfeitas, por exemplo, são da iniciativa de D. Duarte.
No
Mosteiro da Batalha estão sepultados D. João I, D. Filipa de Lencastre, o
infante D. Henrique, o infante D. João, D. Isabel, D. Fernando, D. Afonso V, D.
João II, D. Duarte e também há o túmulo do Soldado Desconhecido.
Seguiu-se
o almoço que, como se disse, estava marcado no restaurante Dom Duarte,
precisamente na Batalha, e podemos afirmar que agradou a todos, tanto pela
refeição em si - bem confecionada e saborosa - como pela simpatia e agrado do serviço
e dos serventes. Os nossos parabéns e o nosso bem-haja ao restaurante Dom
Duarte.
Partiu-se
depois em direção ao Mosteiro Alcobaça, outra joia da monumentalidade
portuguesa, que nos reporta a D. Afonso Henriques e à sua cruzada contra os
mouros no alargamento do território, à conquista de Santarém e de Lisboa em
1147 e à necessidade de defender as terras que ia conquistando.
Tínhamos aí marcada uma visita guiada para as 15 horas.
Tínhamos aí marcada uma visita guiada para as 15 horas.
O
Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido por Real Abadia de Santa
Maria de Alcobaça ou simplesmente Mosteiro de Alcobaça é em estilo gótico, e o
início da sua construção data do século XII, mais concretamente do ano 1178. É um
mosteiro cisterciense, Património Mundial da UNESCO,
desde 1983.
O
grupo foi aí dividido em dois, cada qual com sua guia, e foi-se deliciando com
o que os seus olhos observavam e as palavras da respetiva guia iam enunciando,
percorrendo os diversos sectores desse magnífico monumento. Nomeadamente a Igreja, majestosa e bela na sua
simplicidade, que nos transmite uma sensação de força, de resistência e de indestrutibilidade.
Em planta de cruz latina, com uma nave central e duas laterais, tem nove capelas
laterais. É de grandes dimensões, mas despojadas de ornamentos supérfluos,
como era predicado dos cistercienses.
No interior da igreja estão vários túmulos reais, nomeadamente o de D. Afonso II, D. Afonso III e outros. Mas são os túmulos de D. Pedro e de D. Inês de Castro, que se encontram na nave transversal da igreja, que maravilham o visitante, pela história romântica que em vida uniu D. Pedro e Da .Inês, pela beleza dos túmulos, pelo significado simbólico dos elementos que os ornamentam e pelo encantamento e entusiasmo com que a guia (a que me acompanhou na visita) os descreve. A Sala do Capítulo ou das Assembleias, um dos espaços mais importantes do Mosteiro a seguir à igreja, onde eram feitas leituras dos capítulos da regra, votações, e outros atos do género, importantes à vida do mosteiro. Os abades eram enterrados no chão dessa sala e há a liga-la à igreja a Porta dos Mortos, que era por onde passavam os mortos a enterrar. A cozinha - a nova - construída depois dos monges terem autorização para comer carne três vezes por semana, ou seja a partir do ano de 1666, com o Papa Alexandre VII. Até aí estavam proibidos de comer carne.
Foi construída com umas dimensões que estariam, enfim, concordantes com a dimensão do mosteiro, embora grande, talvez, para o número de monges que o habitavam. Tem uma enorme lareira ao centro e duas laterais, o chão é rebaixado em determinado ponto para acolher as brasas para grelharem as carnes; por baixo corre uma levada de água do rio Alcoa que alimentava a cozinha da água necessária, através de uma fenda para uma bacia de pedra no chão, de onde a tiravam para o que fosse necessário; na parede há outra fenda de água potável, trazida de outro ponto, que alimentava sete grandes bacias de pedra. Tem também salgadeiras de pedra para guardar as carnes salgadas. E, na grande chaminé, podem ver-se grandes tachos em cobre, pendurados. Está ainda forrada com os azulejos com que foi revestida depois da última metade do século XVIII.
Ao lado da cozinha fica o refeitório, no qual há um púlpito onde eram lidos textos espirituais durante as refeições.
No interior da igreja estão vários túmulos reais, nomeadamente o de D. Afonso II, D. Afonso III e outros. Mas são os túmulos de D. Pedro e de D. Inês de Castro, que se encontram na nave transversal da igreja, que maravilham o visitante, pela história romântica que em vida uniu D. Pedro e Da .Inês, pela beleza dos túmulos, pelo significado simbólico dos elementos que os ornamentam e pelo encantamento e entusiasmo com que a guia (a que me acompanhou na visita) os descreve. A Sala do Capítulo ou das Assembleias, um dos espaços mais importantes do Mosteiro a seguir à igreja, onde eram feitas leituras dos capítulos da regra, votações, e outros atos do género, importantes à vida do mosteiro. Os abades eram enterrados no chão dessa sala e há a liga-la à igreja a Porta dos Mortos, que era por onde passavam os mortos a enterrar. A cozinha - a nova - construída depois dos monges terem autorização para comer carne três vezes por semana, ou seja a partir do ano de 1666, com o Papa Alexandre VII. Até aí estavam proibidos de comer carne.
Foi construída com umas dimensões que estariam, enfim, concordantes com a dimensão do mosteiro, embora grande, talvez, para o número de monges que o habitavam. Tem uma enorme lareira ao centro e duas laterais, o chão é rebaixado em determinado ponto para acolher as brasas para grelharem as carnes; por baixo corre uma levada de água do rio Alcoa que alimentava a cozinha da água necessária, através de uma fenda para uma bacia de pedra no chão, de onde a tiravam para o que fosse necessário; na parede há outra fenda de água potável, trazida de outro ponto, que alimentava sete grandes bacias de pedra. Tem também salgadeiras de pedra para guardar as carnes salgadas. E, na grande chaminé, podem ver-se grandes tachos em cobre, pendurados. Está ainda forrada com os azulejos com que foi revestida depois da última metade do século XVIII.
Ao lado da cozinha fica o refeitório, no qual há um púlpito onde eram lidos textos espirituais durante as refeições.
Outras
referências há a fazer, nomeadamente aos claustros e outros, mas parece-me já
longo este texto, que referencia o mais importante desta visita, que julgo terá
merecido a apreciação de todos e de todas os/as participantes, quer pelo conhecimento
e ensinamentos que trouxe a cada um e a cada uma, quer pelo convívio, pela amizade e pela vivência de um dia diferente.