Os
olhos iluminam-se na luz que ilumina o dia e na bordadura do caminho que se faz e nos leva ao Museu do Brinquedo Português, em Ponte de
Lima, onde ingressámos na máquina do tempo e, numa corrida para
trás, recuamos ao tempo mágico da infância de pelo menos três
gerações: a dos nossos pais, a nossa e a dos nossos filhos.
Seguindo
a trajetória evolutiva do brinquedo, passeamos nele pelo tempo e
pelos materiais que foram sido utilizados e aí estão representados
desde os finais da segunda metade do século XIX até 1986, e vão
desde a madeira ao plástico, passando pela folha de flandres, pasta de papel, trapo, alumínio, etc. E assim podemos ver os baldinhos
de praia em madeira, folha de flandres e plástico; as bonecas em
trapo, pasta de papel e plástico; os fogões as máquinas de
costura, os ferros de engomar a brasas de carvão, em
folha de flandres e em plástico; as mobílias, os carros, as
trotinetes, os camiões, os piões, os soldadinhos de chumbo, os
aviões, os barcos… São centenas ou, se calhar, milhares de
brinquedos ali expostos, que nos conduzem pelos caminhos da infância
e nos trazem lembranças dos brinquedos que tivemos, das traquinices
e brincadeiras que fizemos e dos amigos que nos acompanharam nesses tempos de
crescimento, tão importantes na formação do ser humano. É uma
coleção particular e pertence ao senhor Carlos Anjo, com o qual a
Câmara Municipal de Ponte de Lima estabeleceu um protocolo
instalando o Museu do Brinquedo Português, na casa do Arnado, na
margem direita do rio Lima, junto à ponte romana. Abriu ao
público em 2012.
Finda a
visita atravessámos as duas pontes que atravessam o rio Lima neste
local e, passando para a sua margem esquerda, passámos um delicioso
fim de tarde a lanchar, em amena cavaqueira, usufruindo do cenário
delicioso das margens do Lima iluminadas pelo sol radioso que
iluminou o dia.
Julgo
poder dizer que foi mais uma tarde de convívio e boa disposição,
de que muito beneficiou a nossa saúde psíquica e, consequentemente,
a física também.