sexta-feira, 7 de outubro de 2022

 VISITA DE ESTUDO AO MUSEU DO PAPEL

(Paços de Brandão, Santa Maria da Feira)

O Museu do Papel, em Paços de Brandão,  foi inaugurado em 26 de Outubro de 2001

Quando pegamos numa folha de papel e vertemos sobre o seu corpo virgem o teor do nosso pensamento, não nos passa pela cabeça as inúmeras operações acontecidas para que essa simples folha chegasse até nós disponível e pronta. Mas o IAESM teve hoje, dia 04 de Outubro de 2022, a oportunidade de ficar a conhecer todo o processo inicial de fabricação e a evolução da história do papel, em Portugal, no Museu do Papel, em Paços de Brandão. 

Situado no local onde laboraram as fábricas Custódio Pais e a dos Azevedos e também o Engenho Novo, na margem direita do rio Maior (rio que  tem a singularidade de tomar o nome das terras que atravessa), ocupa os dois edifícios e 
conta-nos a história do fabrico de papel, em Portugal, desde o processo manual, feito em cadeia, folha a folha, do trapo à folha pronta a ser utilizada, e o processo industrial, utilizando como matéria prima os jornais, revistas, cartões e todo o papel velho que, submetido aos vários processos de decomposição e transformação através dos diferentes engenhos movidos pela força motriz da água do rio Maior, mesa de corte, sala de secagem ao produto final: papel de embrulho, cartuchos, folhas de tamanhos diversos, cartão, mesas, cadeiras…
sala de secagem
coagem da pasta
      preparação do papel para fazer cartuchos
cartuchos a secar
 Todo este processo pode ser visto ao vivo, uma vez por mês, quando o museu se transforma em fábrica em laboração.

Tivemos também a oportunidade de ver a fibra branca, macia (parecida com o algodão) resultante da decomposição e transformação de um tronco de madeira, da qual resultará papel. 
A melhor fibra para produzir o papel de escrita e de impressão é a do eucalipto; mas são diversas as árvores, tanto resinosas com folhosas, usadas no fabrico de papel.
Gravadas numa parede em vidro há diversas marcas de água (uma espécie de selo gravado na folha, visível a contraluz, que identifica a fábrica onde foi fabricado) recolhidas em fábricas de várias regiões do país.

* As três primeiras imagens são da coleção do museu no google 
                                                                                                                                    IAESM, 06/10/2022


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