VISITA DE ESTUDO
A IGREJA MATRIZ E O MUSEU DE ETNOGRAFIA E HISTÓRIA DA PÓVOA DO VARZIM
O dia 24 de maio nasceu alegre e cheio de luz e encheu de alegria os 55 associados do IAESM, que se tinham inscrito na visita de estudo à Igreja Matriz e ao Museu de Etnografia e História da bonita cidade da Póvoa do Varzim.A partida está marcada no sítio do costume (junto ao templo do Senhor da Cruz) às 13:30h, para iniciarmos a visita guiada à Igreja Matriz ou de nossa Senhora da Conceição da Póvoa do Varzim às 14:30h. Logo que todos os/as inscritos/as tomam os seus lugares o autocarro segue viagem, sem pressa, para a cidade ribeirinha da Póvoa do Varzim, e deixa o grupo a alguma distância do objetivo. Mas uma pequena caminhada para desentorpecer as pernas após uma viagem de autocarro (embora curta) só faz bem. Em breve chegámos ao destino.
A guia, simpática e sabedora, apresentou-se e começou por contar a história do monumento.
A igreja Matriz ou de Nossa Senhora da Conceição da Póvoa do Varzim foi construída tempo de D. João V com uma parte do imposto municipal e uma parte dos rendimentos dos poveiros, que eram uma promissora comunidade piscatória.
A primeira pedra foi lançada em 18 de fevereiro de 1743 e a obra foi orientada pelo arquiteto bracarense, Manuel Fernandes da Silva, que morreu em 1753, sendo depois um grupo de mestres-de-obras a tomar conta dela. Foi inaugurada a 6 de janeiro de 1757.
É uma igreja de uma só nave reforçada por três arcos robustos, tem nove altares barrocos em talha dourada e bonitos retábulos com belas imagens. Sobre a porta tem o brasão régio.
A porta de bronze, decorada com altos e baixos-relevos representativos de temas religiosos e outros relacionados com o mar, foi inaugurada a 6 de janeiro de 2008, aquando da celebração dos 250 anos da inauguração da igreja.
Só por curiosidade registo algo interessante que não é muito usual ver-se:
Terminada a visita à igreja, à saída, fomos travados por uma grande procissão de crianças (a que não faltava o andor) a entrar. Havia filas de bancos marcados para elas. Ia realizar-se qualquer cerimónia que lhes dizia especialmente respeito.
Finalmente no exterior, seguimos para o museu, ali pertinho, no Solar dos Carneiros desde 1974, mas fundado em 1937 por António dos Santos Graça, um poveiro de origem pesqueira.
Foto tirada da Internet |
O grupo foi dividido em dois e, cada um com seu guia, começou a visita por sítios opostos.
Um iniciou-a pela sala das camisolas poveiras, que têm, a meu ver, uma história de
amor, esperança, paciência e partilha:
No início do séc. XIX, enquanto os pescadores iam
para o mar, meses e meses (especialmente se iam para a pesca do bacalhau), as
mulheres tricotavam-nas. Eram bordadas por eles quando estavam em terra. Depois, mais tarde, passaram a ser bordadas pelas mulheres.
Houve um tempo em que tiveram grande expansão e fizeram moda. Foram exportadas para vários países. Atualmente a sua venda está restrita aos sítios de artigos regionais.
Foto tirada da Internet |
O Museu Etnográfico e
de História da Póvoa do Varzim é amplo, composto de várias salas e tem um
acervo vasto e variado, que vai desde faiança dos séculos XVI ao XIX, mobiliário,
vestuário ligado ao mar, utensílios marítimos, coleções de arqueologia, arte
sacra, siglas poveiras, trajes poveiros, crendices, etc. Vale a pena visitá-lo. Não
nos deixa defraudados.
As pernas pedem descanso e o estômago alimento: clama pelo lanche. Há que procurar um sítio para satisfazer as pernas e o estômago. Encontrado este, cada qual procura satisfazer essas necessidades básicas.
E assim termina esta bela estada cultural na bonita cidade ribeirinha da Póvoa do Varzim.
Tudo correu bem. O coração está cheio. Resta regressar ao belo torrão minhoto, à bonita cidade do galo. Cada um regressa mais rico e mais feliz.
IAESM, 04/06/2024
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