VISITA DE ESTUDO – 20/10/23
MUSEU DE ARTES DECORATIVAS DE
VIANA DO CASTELO
O dia 19 de Outubro foi tempestuoso por todo o país. E, no dia 20, Viana do Castelo estava sinalizada com aviso laranja. Mas a visita estava marcada para as 15:horas…
Adia-se? Não, foi a decisão. Ainda bem. Foi a decisão acertada.
Saímos de um Barcelos mais ou menos choroso e entramos numa Viana que nos acolheu sorridente, luminosa e afetiva: abriu-nos as portas do seu Museu de Artes Decorativas, no Largo de S. Domingos, instalado desde 1923 num palacete barroco do século XVIII (1724), também conhecido por Casa dos Barbosa Maciel (compraram-no e habitaram-no durante muitos anos. Em 1920 foi comprado pela Câmara Municipal para instalar o Museu). Orientados por guias simpáticos e competentes fizemos uma visita guiada ao seu rico e variado espólio, doado por estudiosos e colecionadores generosos, sobretudo o Dr. Luís Augusto Oliveira, natural de Vila Verde, médico militar colocado em Viana do Castelo, onde exerceu a sua profissão, constituiu família e se dedicou ao colecionismo, tendo sido um grande estudioso e colecionador de arte.
O grupo foi dividido em dois. Cada um, orientado pelo seu guia, deu inicio à visita por sítios opostos e foi deambulando pelos diversos aposentos, regalando os olhos e as almas com a variedade de objetos expostos e suas histórias. Nomeadamente coleções de faianças diversas, principalmente de fábricas do centro-norte do país: Viana do Castelo (tem a melhor coleção de faiança da fábrica de Viana (1774-1855), Coimbra, Porto e Vila Nova de Gaia, mobiliário indo-português dos séculos XVII e XVIII, mobiliário de D. João V e de D. José, arte sacra, pinturas e desenhos de artistas portugueses dos séculos XVIII e XIX, e também de artistas franceses pintura sobre madeira, azulejos (tem três salas com magníficos alizares em azulejos azuis, que retratam diferentes temas; uma das quais é assinada pelo mestre Policarpo de Oliveira).
Também a pequena capela do palacete do século XVIII é toda revestida a azulejos. Mas é principalmente o seu magnífico retábulo em talha não dourada que nos prende a atenção.
Uma das salas com alizares de azulejos |
A ala nova com uma exposição temporária relacionada com a estucaria. |
Alimentado o espírito é tempo de dar alimento ao corpo. Alguns procuraram o Natário para se deliciarem com a afamada "bola de Berlim"; outros espalharam-se por outros locais, mas tendo todos a mesma finalidade: dar atenção ao estômago que pedia aconchego. O regresso deu-se por volta das dezoito horas, e regressamos de alma cheia.
Foi mais uma bonita tarde de convívio, alegria, amizade e cultura da nossa família IAESM.
* - Algumas das fotografias pertencem à coleção do Museu.
IAESM - 23/10/23
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