sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

PARA A MATILDE


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A Vida! O que é a vida?
Esta ténue e frágil linha
Que Alguém
No Seu Infinito Poder




Com precisão, determina,
A hora em que começa
E em que deve ser partida.

Neste astro que nos acolhe
Somos apenas marionetas.
Somos marionetas sem voz
Manobradas, à distância,
Por essa Energia Suprema
Que tudo agrega e determina.
É Ela quem tem a voz.

Creio em Deus
(O Seu nome não importa)
Deus. Apenas Deus.
Essa Energia Suprema
Essa Luz Universal 
Ela comanda a Vida.
A vida deste lado da vida
E depois da linha partida.

A vida, deste lado da vida,
Neste astro que nos recebe
É apenas um passeio
Que todos damos na Vida.
Às vezes por belas estradas
Entre bonitas paisagens
Às vezes por paisagens sombrias
Entre ravinas e cascalho.

Depois da linha partida
Há outra forma vida.
Não sei que forma…
Não sei em que meio…
Mas a vida não acaba aqui.
A vida aqui vivida
É apenas um passeio;
Caminho para a outra Vida.


“Amiga” (como costumavas dizer-me), a tua linha partiu-se.
O teu invólucro quebrou-se.
Terminaste o teu tempo na Terra visível para nós.
Mas deixaste-nos a essência de ti.
Deixaste-nos o teu pensamento, a tua criatividade, o teu saber fazer, a tua capacidade de concretizar, o teu entusiasmo, a tua versatilidade, o teu ritmo acelerado, a tua impulsividade, a tua agressividade (às vezes também existia), a tua “brejeirice”, a generosidade e capacidade de te dares ao outro com alegria (fizeste-o até ao último momento antes de seres internada). Ensaiaste, cantaste, dançaste, exigiste (“Shiu! Tenham paciência! Assim não pode ser! Nem mais um pio!”).
Tudo isto és tu. Tu ficaste em nós. A tua essência ficou no coração de cada um de nós.
O resto era apenas o invólucro. Elegante, engraçado…, mas apenas “o papel de embrulho”, que em pó se transformou.
Onde quer que estejas, sê feliz.
Sê luz na Luz Divina a iluminar na Terra caminhos de bem.
06/01/2020
Jeracina Gonçalves

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