segunda-feira, 20 de maio de 2024

 CONVERSAS ÀS  QUARTAS … NAS  2ªS

Monumento ao Marquês de Pombal

Imagem da Internet 

Após uma extensa caminhada pela personalidade do homem e da sua obra (uma e outra absolutamente marcantes na vida nacional) chegamos ao monumento que lhe foi erigido na cidade de Lisboa e inaugurado em 13/05/1934, cuja 1ª iniciativa aconteceu no reinado de D. Luís II, que fez o lançamento da primeira pedra; em 1906 pensou-se de novo no arranque da obra e foi, pela segunda vez, lançada a 1ª pedra, mas não passou disso. Finalmente em 1914 foi aberto um concurso público para realização do monumento. Apareceram catorze projetos concorrentes. O vencedor foi o de uma equipa de dois arquitetos e um escultor: Adães Bermudas, António Couto e o escultor Francisco Santos, que morreu quatro anos antes da inauguração. Os autores da obra são os escultores Francisco Santos, Simões de Almeida (sob.), e Leopoldo de Almeida. O monumento é constituído por um enorme pedestal de 40 metros de altura, em pedra trabalhada, onde figuram, na parte inferior, imagens alegóricas às realizações do marquês enquanto estadista; na parte superior quatro medalhões representam os seus colaboradores mais chegados; e, sobre o pedestal, assenta a estátua em bronze, do marquês em corpo inteiro com a mão sobre o leão amansado .

Sebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal e conde de Oeiras (títulos que recebeu mais tarde) era filho de Manuel de Carvalho e Ataíde e de D. Teresa Luísa Mendonça, fidalgos de província pouco endinheirados. Nasceu em Lisboa a 13 de maio de 1699 e foi batizado numa capela da família. O padrinho foi o seu avô paterno, senhor do mesmo nome. 

Foi um jovem homem turbulento, inquieto, que estudou Direito em Coimbra, serviu no exército, mas avesso à disciplina militar, por pouco tempo.   Aos 23 anos casou com D. Teresa de Noronha e Borbom Mendonça, de 35 anos, viúva, sem filhos, com grande nome e poder na aristocracia. Mas a família da mulher nunca aceitou o casamento e fez-lhes a vida negra em Lisboa. Foram viver para as suas terras de Pombal. Em 1739, D. João V enviou-o para Londres com ministro plenipotenciário (embaixador) onde teve o ensejo de demonstrar a sua enorme capacidade de trabalho e a sua inteligência, prestando meritórios serviços ao reino. Entretanto faleceu-lhe a mulher em Lisboa, com apenas 51 anos, deixando-lhe toda a sua enorme fortuna. Foi depois colocado em Viena como embaixador e encontrou aí a mulher com quem casou pela segunda vez, a 18 de Dezembro de 1745. Desse casamento teve sete filhos. 

Como ministro todo-poderoso de D. José I, Sebastião José de Carvalho e Melo foi uma personalidade controversa, prepotente, vingativa, intolerante e implacável com os seus inimigos e nas suas determinações, mas um estadista de ampla visão reformista e económica com uma grande intuição de futuro e de progresso. Reformou a agricultura, a indústria, o ensino, as pescas e foi o grande pilar da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1 de novembro de 1755. A ele se atribui a célebre frase em resposta à pergunta de D. José: “E agora?” “Tratam-se os vivos e enterram-se os mortos”.

Por morte de D. José I todo o seu poder terminou. A rainha D. Maria I desterrou-o para Pombal.                                                                                                         IAESM - 20/05/24



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