quinta-feira, 20 de julho de 2023

 

O PASSEIO ANUAL DO IAESM - COIMBRA

Uma panorâmica de Coimbra vista do rio
   São sete horas e alguns minutos do dia sete de julho, quando um autocarro da “SantiagoTour” com cinquenta e cinco pessoas a bordo (associados e associadas do IAESM e alguns amigos/as e familiares) começa a rodar em direção à cidade/berço do trágico amor de Pedro e Inês.
    Um desvio breve por Santa Maria da Feira para tomarmos o pequeno-almoço e a viagem prossegue sem percalços, num rodar fluente até Coimbra, a bela princesa do Mondego. Aí, na Quinta das Lágrimas, onde Pedro e Inês viveram o seu romântico e trágico amor, espera-nos Cláudia (uma Guia que se impõe e, sem rodeios, reclama a atenção dos prevaricadores desatentos) para nos encaminhar pelas sendas desse amor infeliz e, sob um belo monumento vivo com mais de duzentos anos (um imponente exemplar da árvore vulgarmente conhecida por figueira-da-índia) junto à  Fonte dos Amores, começa a narrativa desses amores funestos que Camões imortalizou numa estrofe do seu poema épico: Os Lusíadas.
Fonte dos Amores
    Seria nessa fonte, mandada construir pela Rainha Santa Isabel (avó do Infante D. Pedro) para levar água ao Convento de Santa Clara (a velha), que os dois apaixonados se encontravam.  Por esse canal seguiam os  barquinhos de madeira que Pedro enviava a Inês de Castro (uma fidalga galega que acompanhou  Dª. Constança, quando esta veio para casar com D. Pedro), que  aí se viria encontrar com ele. E, porque terão sido aí vivido os momentos felizes desse funesto amor, ficou conhecida pela Fonte dos Amores.
Fonte das Lágrimas - aqui pode ler-se a estrofe d' Os Lusíadas  que imortaliza o trágico amor de Pedro e Inês

    Depois encaminhou-nos para a outra; a que, segundo a lenda, se formou com as lágrimas e o sangue derramado por Inês de Castro quando os três fidalgos enviados por D. Afonso IV a apunhalaram. Cresce aí uma microalga encarnada que forma uma mancha vermelha no canal e, mesmo que se limpe, volta a crescer. Diz a lenda que é o sangue de Inês aí derramado. É a Fonte das Lágrimas. Há aí uma lápide com a estrofe de oito versos que Camões dedicou ao trágico amor de Pedro e Inês.
   Já falei de um dos três imponentes monumentos vivos que nos foram apresentados durante esta visita e que integram o Jardim Romântico. Faltam dois: uma Sequoia (vizinha da majestosa figueira da India e quase da mesma idade) imponente no seu porte de gigante a caminho do céu; e um pouco mais afastada uma canforeira de larga base ramificada e ramos nodosos a falarem-nos da sua velhice. Quando queremos afugentar as traças da roupa recorremos, muitas vezes, a esse poderoso desinfetante: a cânfora, que é muito usado na farmacologia; mas que tem, também,   outras aplicações. Entre elas, com disse,  combate as traças da roupa. Uma pequena haste partida exala um aroma agradável, que nos ajuda a identificá-la. 
O Comboio do Património 
A Universidade de Coimbra
    Apanhámos depois o comboio do património que, come o nome indica, passa pelas zonas históricas, nomeadamente a Universidade, as muralhas...e outros. Foi um passeio mais ou menos de cinquenta minutos, que serviu, também, para repousar da caminhada pela quinta, para alguns de nós um pouco cansativa, tanto pelo pavimento enraizado das trilhas a percorrer, como pela sua belíssima idade (alguns, mais de 90 anos). 
Tomámo-lo junto à ponte de Santa Clara e aí nos deixou.  
Entrámos depois no autocarro, que nos levou ao Restaurante Observatório, onde tínhamos o almoço marcado: um bacalhau assado no forno com batatas assadas e uma boa salada mista, antecedidos de entradas variadas; a sobremesa foi uma fatia de gelado e, depois, café. Tudo servido com simpatia.  
Estava tudo muito bom. Julgo que a maioria das pessoas terão gostado.
                                                     O "Basófias" mostrou-nos Coimbra vista do rio Mondego
       Depois de almoço caminhámos um pouco pela cidade e, às 16 horas, entrámos no Basófias, que nos levou  num belíssimo passeio de 50 minutos pelas águas calmas do Mondego com a cidade à vista. Muito agradável. 
Uma  parte do grupo no barco Basófias
Desembarcámos, lanchámos, entrámos no autocarro e regressámos a Barcelos. 
Tudo correu bem, felizmente. 
Para setembro haverá mais, se Deus quiser. Agora é tempo de férias

* Imagens, sem direito de autor, da Internet
IAESM 
Barcelos, 20/07/2023


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