PATRIMÓNIO CIVIL PÚBLICO DE BARCELOS
A última “Conversa às…” do ano escolar
2019, concretizado na segunda-feira, dia
09/12/2019, circulou pelo património civil, público, de
Barcelos.
Principiando pela ponte medieval, românica, mandada
construir pelo 3º conde de Barcelos, D. Pedro Afonso, entre 1325 e 1330, seguiu-se para o
Paço dos Condes (castelo) como
vulgarmente é denominado, ali em frente, sobranceiro à ponte, mandado edificar por outro Pedro Afonso - o
oitavo conde de Barcelos - um dos homens mais ricos de Portugal na sua época,
filho ilegítimo do Mestre de Avis. Recebeu o condado de Barcelos pelo seu
casamento com a filha de D. Nuno Alvares Pereira, o sétimo conde de Barcelos.
Foi porém com D. Fernando I, 9º
conde de Barcelos, que aí residiu com a sua família, que o Paço dos condes atingiu o seu maior
esplendor. E com D. Fernando II, 10º conde de Barcelos, fundador do Palácio de Vila Viçosa, onde estabeleceu residência, começou o seu declínio.
Próximo do Paço dos condes, junto à Igreja
Matriz, fica o Pelourinho, em granito,
formado por uma base com quatro degraus octogonais e fuste octogonal a
terminar em gaiola. Esse monumento era
usado para flagelar os delinquentes, que aí eram presos e castigados.
O lindo edifício dos Paços do Concelho fica um pouco adiante e é resultado de
várias transformações e anexações. Nomeadamente o hospital do Espírito Santo, a capela de Santa Maria do século XIV, a antiga casa da Câmara e a Igreja da
Misericórdia do século XVI. É o resultado de um amalgamado de monumentos de estilos e de
épocas diferentes, que já teve diferentes funções e albergou serviços variados.
Depois da última remodelação, resultou no magnífico edifício que hoje conhecemos, todo ele ocupado pelos serviços camarários.
Depois da última remodelação, resultou no magnífico edifício que hoje conhecemos, todo ele ocupado pelos serviços camarários.
Outro edifício marcante da monumentalidade civil pública de Barcelos, é a Torre
de Menagem,
ou Torre da Porta Nova - no Largo da Porta Nova - ou Torre do Cimo de Vila, ou
Torre da Cadeia, como também é conhecida. Nela funcionou a cadeia desde
os finais do séc. XIX até às primeiras três décadas do séc. XX (1932). É uma das três torres da primitiva muralha da
vila de Barcelos, mandada edificar pelo 8º conde, D. Pedro Afonso. Tem planta
rectangular e espessas paredes em granito. Foi uma das portas da cidade e residência do alcaide. Foi, ao longo dos tempos, cadeia, armazém, posto de
turismo e, actualmente é o Centro de Artesanato de Barcelos.
Do alto da torre, para onde pode subir-se de elevador, usufrui-se de uma bonita imagem, em 360 graus, de Barcelos e arredores.
Do alto da torre, para onde pode subir-se de elevador, usufrui-se de uma bonita imagem, em 360 graus, de Barcelos e arredores.
O antigo edifício do Teatro Gil Vicente deve-se à vontade de um grupo de jovens
barcelenses, que aglutinaram vontades e esforços, e constituíram, em 1893, a
“Empresa Teatral Gil Vicente”, composta por vários accionista. O projecto do
edifício foi do engenheiro António José Lima, e a primeira representação deu-se
em 1903 com a peça “Barcelos Por Dentro”, de Augusto Soucasaux. Esteve vários
anos fechado, foi vendido a particulares e, algum tempo depois, comprado pela
Câmara, que fez novo projecto, deixando do primeiro edifício apenas a fachada.
Reabriu ao público em 2013 com a peça “Pranto de Maria Parda” pela Companhia de
Teatro “A Capoeira”.
A antiga Casa
dos Mendanhas Benevides Cyrnes, do século XVII, que já albergou a Escola
Comercial e Industrial de Barcelos, a Guarda Nacional Republica e outras entidades, é desde 1950, o Museu de Olaria, único no país com essa denominação.
A Casa
dos Machados da Maia,
da primeira metade do século XVI, continua um edifício muito bonito apesar das
diferentes remodelações feitas e dos
diferentes serviços que a ocuparam, nomeadamente a Alliance Francaise e outros.
É desde 1997 a Biblioteca Municipal de Barcelos. Localiza-se no
Largo Dr. António Novais, antigo Largo da Cadeia.
Há ainda a considerar nesta rubrica os
vários chafarizes espalhados pela cidade de Barcelos. O Chafariz do Campo da
Feira, o do Largo da Porta Nova, o do Largo do
Tanque, o da Praça de Pontevedra, e outros.
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