segunda-feira, 20 de maio de 2019

VISITA DE ESTUDO - 18/05/2019


Treze horas, Senhor da Cruz: o autocarro de cinquenta e cinco lugares, com marcação lotada, começa a encher-se. Há, porém, quem à última hora, por razões imprevistas, não compareça, e seguem três lugares vagos.
A visita guiada ao Palácio da Bolsa, no Porto - monumento do nosso património arquitectónico, muito bonito – está marcada para as catorze e trinta horas. E não pode haver atrasos dignos de nota, sob pena de ser anulada. Mas tudo correu como estava determinado. À hora marcada, o grupo entrava pela porta do palácio para dar início à visita. 
Cumprida a rotina de ingresso, iniciou-se a mesma, cerceada de uma parte importante, tendo em conta o seu significado: o Pátio das Nações, ornamentado junto ao tecto, em toda a volta, com os escudos dos países com os quais Portugal mantinha, à época, relações comerciais.  Ocupado por um evento, não estava disponível para visitas, e esta  limitou-se as salas do piso superior.
O Palácio da Bolsa foi mandado construir pelos mercadores portuenses sobre as ruínas do Mosteiro de S. Francisco, concedidas à Associação Comercial do Porto pela Rainha D. Maria II para esse fim. 
Todo o mosteiro havia sido destruído num incêndio, à exceção da igreja (a Igreja de S. Francisco), que ainda lá está colada à parte traseira do Palácio da Bolsa, mas fechada ao culto. É muito rica em talha dourada e, atualmente, é aberta ao público apenas como museu. 
Todo o edifício do Palácio da Bolsa é magnífico e mostra bem a determinação e a vontade dos mercadores portuenses em afirmarem o seu poder económico perante os seus confrades nacionais e estrangeiros. Desde a escadaria, com lindíssimos florais em granito, às salas visitáveis e ao trabalho delicadíssimo de algum do seu mobiliário, tudo é digno de ser admirado. Mas, no Salão Árabe, nada ficou ao acaso. Minucioso e rico nos seus arabescos ornamentais, é digno de um conto de fadas. Pela sua admirável acústica fazem-se aí atualmente bonitos espetáculos de música clássica.
O lançamento da primeira pedra  deste belíssimo monumento da capital nortenha aconteceu no dia 6 de Outubro de 1842.
 Finda a visita ao palácio, lanchar na Ribeira de Gaia a admirar a Ribeira do Porto era o apogeu previsto para esse fim-de-tarde. Porém o vento encarregou-se de tornar esse momento menos confortável; mas julgamos que, apesar desses pequenos percalços, foi uma tarde de convívio e cultura, que a todos beneficiou a nível físico, psíquico e emocional.                         

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